1. Cuidar do ambiente;
2. Indicar o uso dos objetos e dos materiais de maneira clara e precisa;
3. Ter uma conduta ativa quando coloca a criança em relação com o ambiente; assumir uma conduta passiva, quando a relação é estabelecida;
4. Observar atentamente a criança, a fim de que consiga perceber o esforço que ela faz na busca do conhecimento dos objetos que formam o ambiente ou quando ela necessita de apoio e companhia;
5. Atender quando chamado e reordenar o ambiente quando necessário;
6. Escutar tudo o que a criança tem vontade de dizer;
7. Respeitar quem trabalha, sem jamais interromper nem interrogar;
8. Respeitar quem erra, sem jamais dizer ou corrigir diretamente;
9. Respeitar a criança que repousa ou que observa outras trabalhando, não chamar sua atenção ou obrigá-la a trabalhar;
10. Ser incansável na tentativa de oferecer trabalho a quem o rejeita, a quem não aprendeu ou a quem, sistematicamente, erra;
11. Fazer notar sua presença a quem o procura, a quem necessita, mas “desaparecer” para quem já encontrou seu trabalho;
12. Estar presente com a criança que terminar seu trabalho e exauriu livremente seu esforço pessoal, e a ela oferecer, no silêncio, sua força interior como oferta espiritual.
(Tradução do texto italiano Perugia – Itália )Parece difícil ? Não … não é ! Basta compreender o quanto especial é a sua vida. Assim, você deve apenas ser gente. E querer ajudar gente a ser gente.
“A semente? Ah, a semente na sua simplicidade guarda o segredo da árvore.”
Tudo começou com prática despretensiosa de voos altos, quando uma jovem mãe, valendo-se do seu dom natural de ensinar, alfabetizou seus filhos, sobrinhos e vizinhos.
Nem ela sabia que estava erguendo os primeiros alicerces do Centro Educacional Montessoriano “Reino Infantil”.
A iniciativa tímida desenhava os contornos de um sonho. À medida que as aulas em casa avançavam em resultados e no tempo, estas não passavam despercebidas ao olhar atento da profa. Ana Maria Saldanha, que alavancou estímulo para a abertura de uma escola.
Por que não? A sugestão não pareceu tão estranha. As sementes plantadas no dia a dia, começavam seu movimento rumo à expansão.
Socorro Naufel mobilizada, compartilhou a possibilidade com a irmã Nazareth Campos, a prima Graça Assub e a amiga Virginia Duailibe, esta mais tarde desligou-se do grupo.
Acolhida a ideia, seguiram-se os procedimentos e estudos, e no dia 14 de fevereiro de 1974 o Reino abria portas e corações, fundando, com cinco alunos, o primeiro Maternal em terras maranhenses, em singela casa, alugada, no Beco do Jau, Centro de São Luís – MA.
Se a iniciativa atrelou-se ao estilo de vida de muitas mães, cujo trabalho externo lhes ocupava os dois expedientes, provocou também insegurança daqueles pais que viam com estranheza os procedimentos da vida prática.
A identificação com a educadora Maria Montessori, plasmou as diretrizes pedagógicas da Escola. Resultou que direção e professores focaram na formação e no aprimoramento do conteúdo Montessoriano, expandindo-o aos pais e comunidade, através de palestras, cursos e jornadas frequentes sobre o novo saber/viver, resumido na sentença “Ajuda-me a Agir por Mim Mesma”, voz da criança, captada com propriedade pela educadora italiana.
Chegada a necessidade de mudança de endereço, foi no Parque Urbano Santos, em casarão colonial, alugado do prof. Solano Rodrigues que as novas instalações tiveram abrigo permanecendo ali por mais de vinte anos.
Aliando-se filosofia/ensino, alunos, pais e corpos diretivo, docente e administrativo, a instituição crescia em experiência, tamanho e reconhecimento. Anualmente nova série era acrescentada, até a educação básica estar completa: – níveis Infantil, Fundamental e Médio, funcionando nos turnos matutino e vespertino.
Chegou o momento de desvelar mais um pouco o sonho e investir na realidade de um prédio que atendesse à configuração da cidade, facilitando o trânsito urbano, no movimento diário de idas e vindas da comunidade escolar.
Na hora certa foi feita a compra de um terreno de mil metros quadrados, adquirido em um sorteio da antiga Surcap. Sob a firmeza de mais uma atitude corajosa, com recursos de empréstimos no Banco do Brasil, foi iniciada a construção do atual prédio da Escola.
Oferecendo a seus usuários ambientação nos padrões pedagógicos em prol do aprendizado e conforto, o Centro Montessoriano recebe novo prédio, na rua dos Sapotis, bairro Renascença II.
E o Reino segue . . . em sua caminhada cumpre papel histórico, como afirma Socorro Naufel: – “todo dia é um dia novo. É um eterno começar”.
Acreditamos em um sistema educacional que, em seu amplo contexto, propicie aos educandos uma preparação à grande aventura da vida. Que estes estejam habilitados a exercitar, com autodisciplina e livremente, a vontade e a razão de forma que se encontrem em condições de oferecer respostas baseadas em um pensamento lógico, coerente, consciente e, sobretudo, com entusiasmo às possíveis adversidades encontradas no seu ambiente social. Portanto, as nossas ações pedagógicas estão pautadas nos princípios filosóficos montessorianos que buscam o pleno desenvolvimento – psíquico, físico, emocional e espiritual – da criança, objetivando a formação de um individuo consciente, construtor do seu conhecimento, dotado de valores e princípios que os habilitem a contribuir para a harmonização e elevação da humanidade.